• Baixada Fluminense | 14/06/2025 - 20:28

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Inteligência artificial | © Sabine Zierer/ Pixabay

Da Agência Brasil

O Brasil lidera o ranking dos países latino-americanos com mais publicações sobre inteligência artificial (IA), seguido pelo México e Colômbia. É o que revela o relatório "Panorama Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação em Inteligência Artificial", do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), supervisionado pelo Ministério da Ciência.

Publicado na semana ada, o artigo mostra que a pandemia de covid-19 desacelerou a produção brasileira em momentos críticos em que a IA avançou com importantes modelos de linguagem. Em 2023, o Brasil manteve a liderança na América Latina, mas caiu do 15º para o 20º lugar no ranking global de publicações de IA. A China e os EUA continuam sendo líderes globais, com a Índia ficando em terceiro lugar do Japão.

Atualmente, o Brasil conta com 144 instituições de pesquisa em IA. Indústria e manufatura lideram com 30, seguidas por saúde com 25; Os aplicativos corporativos e de gerenciamento totalizam 20, enquanto a mobilidade e a logística somam 15.

O estudo destaca a IA como um catalisador para o desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil, apresentando iniciativas importantes em setores como ciências da vida, energia e agricultura.

"Isso mostra que realmente temos uma forte base de conhecimento científico sobre IA que está crescendo. Desacelerou após a pandemia, é verdade, mas ainda nos fornece uma base sólida para desenvolver soluções de IA aplicadas e até mesmo para gerar as bases dos modelos de IA", diz Caetano Penna, diretor do CGEE e coautor do estudo.

Desafios

Em entrevista à Agência Brasil, Penna disse que o estudo confirma o potencial do Plano Brasileiro de IA e ajuda o Brasil a superar seus desafios. "O que encontramos são desafios que estão sendo abordados e potencialmente resolvidos por meio dessa ação coordenada e implementação efetiva do plano", disse ele.

Um desses desafios é usar o conhecimento para fins comerciais ou públicos, alinhados com os objetivos do plano brasileiro.

"Uma de nossas percepções é que nações como a Holanda, outras na União Europeia e a própria União Europeia enfrentam desafios semelhantes. Essas nações não estão competindo diretamente na disputa entre a China e os EUA pelo domínio da IA. Continuamos avançando e podemos trabalhar juntos em problemas comuns. Este relatório abre as portas do Brasil para o mundo, mostrando o potencial e a visão do país para o desenvolvimento e uso de IA responsável e ética que melhore o bem-estar das pessoas", concluiu Penna.
 

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